Também conhecido como preventivo ou ‘papanicolaou anal’, este exame ajuda a rastrear lesões pré-cancerígenas causadas pelo HPV. A coleta é feita através de uma escovinha passada no canal do ânus para coleta e análise das células com auxílio de um microscópio. Não é necessário preparo (lavagem) para a realização do exame.
Atualmente a citologia anal é recomendada anualmente pelo Ministério da Saúde para toda população vivendo com o HIV.
Outras recomendações internacionais incluem o exame em homens que fazem sexo com homens, mulheres trans, imunossuprimidos por outras causas (transplantes de órgãos, uso de drogas), mulheres com lesão do trato genital pelo HPV (NIC, verrugas, câncer) e praticantes de sexo anal receptivo.
Exame equivalente a colposcopia cervical, realizado por meio de um microscópio chamado colposcópio para a avaliação da pele perianal e do canal anal para a busca de lesões (displasias) provocadas pelo HPV. O procedimento permite ampliar imagens e através da aplicação de soluções (ácido acético) tornar visíveis lesões potencialmente precursoras do câncer e confirmar através de biópsias com anestesia local.
Após o diagnóstico, as lesões são tratadas em consultório, com o auxílio do colposcópio, para interromper a sua evolução para o câncer.
O exame está indicado sempre que houver alteração na citologia anal, no seguimento após o tratamento dos condilomas e para auxílio no diagnóstico do prurido anal. Também deve ser considerada em pacientes com câncer anal para avaliação antes do tratamento cirúrgico.
Exame endoscópico realizado no consultório através de um aparelho de acrílico em forma de tubo para diagnóstico de doenças do reto e de parte do intestino grosso (colites, pólipos, tumores, lesões vasculares).
O exame é feito em consultório, eventualmente com preparo local (lavagem) e sem a necessidade de anestesia (sedação).
É um exame seguro, rápido (cerca de 5-10 minutos) que permite visualizar o ânus, reto e sigmóide (cerca de 30 cm finais do intestino).
Procedimento minimamente invasivo feito em consultório para tratamento das hemorroidas através da colocação de um anel elástico sem a necessidade de cirurgia. A ligadura hemorroidária é um procedimento simples, na maior parte dos casos indolor sendo considerada tratamento de eleição para hemorroidas de 1° e 2º grau e em alguns de 3ºgrau.
O procedimento consiste na tração dos plexos hemorroidários internos para o interior de um aparelho de ligadura, seguindo-se a aplicação de uma banda elástica (anel elástico) na hemorroida a ser tratada. Ao fim de algum tempo (4 a 7 dias depois do tratamento) a hemorroida necrosa e cai, sendo eliminada pelo ânus.
Procedimentos cirúrgicos de patologias de acometem a região anal ou perianal como hemorroidas, fissuras, fístulas, prolapso e cisto pilonidal.
Hemorroidas são veias dilatadas na região anal que podem causar sintomas sendo um problema bastante frequente na população geral.
São classificadas em dois tipos: internas e externas, de acordo com a posição. Os sintomas mais comuns ocorrem durante a defecação: prurido, dor, sangramento, prolapso. O tratamento é realizado através da correção dos hábitos alimentares, medicações orais e tópicas, procedimentos ambulatoriais, mas em alguns casos, a cirurgia é indicada.
Fissura é uma pequena úlcera linear (corte) do revestimento do canal anal. Sendo comum e atingindo mais frequentemente os adultos jovens, podendo ocorrer em qualquer faixa etária. Seus sintomas incluem dor e sangramento e muitas vezes confundida com os sintomas de hemorroidas. O tratamento será escolhido pelo seu colo proctologista, após o exame físico, e poderá ser inicialmente conservador. Entretanto, em muitos casos essa medicação tópica pode não conseguir ajudar na cicatrização sendo necessário a cirurgia.
Fístula anal ocorre frequentemente como resultado da drenagem de um abscesso que se formou nesta região. A secreção é eliminada, formando um canal entre os anus ou reto até a pele perianal. Fístulas são tratadas, na maioria das vezes, através de cirurgia programada (eletiva).
Cisto pilonidal consiste no aparecimento de pelos que vão penetrando entre as nádegas na região próxima ao sacro e ao cóccix. Normalmente, como primeiro sinal, surge um abscesso que pode necessitar de drenagem. Podem evoluir para afase crônica onde se formam orifícios que eliminam secreções. Acomete indivíduos jovens de ambos os sexos habitualmente entre os 17 e os 30 anos. O tratamento consiste na remoção cirúrgica de todas as feridas e túneis.
A infecção pelo papilomavírus humano (HPV) é uma das IST mais prevalentes no mundo e existem cerca de 40 subtipos de HPV capazes de infectar a região anogenital.
A maioria dos homens e mulheres sexualmente ativos entram em contato com o HPV em algum momento de suas vidas. Grande parte dessas infecções é autolimitada (cerca de 60%), não tem qualquer consequência clínica e se resolverá espontaneamente. Aproximadamente 10% terão uma infecção latente (não desenvolvem lesões), 4% infecção subclínica (lesões intraepiteliais) e somente 1% dos pacientes desenvolverá verrugas ou papilomas.
As verrugas ou condilomas são diagnosticados através de exame clínico e tratadas por meio da aplicação de medicamentos ou ácidos, retirada cirúrgica ou cauterização na maioria das vezes em consultório.
A infecção persistente por tipos oncogênicos de HPV está associada a um maior risco de desenvolver lesão intraepitelial, precursoras do cancer anal. O diagnóstico e tratamento são feitos em consultório através do exame de colposcopia sem a necessidade de internação ou sedação.
O HPV está envolvido em quase 100% dos casos de câncer cervical e 85% dos casos de câncer de ânus.
Pessoas vivendo com o HIV e homens que fazem sexo com homens têm alta prevalência e incidência de lesões precursoras do câncer.
O diagnóstico é feito através do exame proctologico com a inspeção pele da região anal, exame de toque retal e anuscopia. Sua confirmação é feita por biópsias com anestesia local. Ele pode ser prevenido através do rastreio com a citologia anal.
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos.
Elas são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) com ou sem o uso de camisinha masculina ou feminina, desde que uma pessoa esteja infectada.
As IST anais podem se manifestar por meio de feridas, corrimentos e verrugas anogenitais, entre outros possíveis sintomas, como dor para evacuar, sensação de esvaziamento retal incompleto e aumento de ínguas. São alguns exemplos: herpes genital, sífilis, gonorreia, clamídia, infecção pelo HIV, HPV, hepatites virais B e C.
Algumas IST podem não apresentar sinais e sintomas, e se não forem diagnosticadas e tratadas, podem levar a graves complicações.
O exame clínico proctologico (inspeção, toque retal, anuscopia e retossigmoidoscopia) auxilia no diagnóstico.
A confirmação é feita com a coleta de um swab (cotonete) por métodos de biologia molecular (PCR) sendo recomendada do Ministério da Saúde para diagnóstico de clamídia e gonorréia para todos os praticantes de sexo anal desprotegido a cada 6 meses.